domingo, 28 de junho de 2009

Num sonho meu

Que estranho amanhecer
Se dilui no meu olhar
Alumiado pelo breu,

Quando toda vi, sem a ver,
Uma imagem erigir no ar
Fecundando um informe céu.

Trazia no olhar um primor alado,
E na boca, quentes rosas de Estio,
No peito, um corpete bordado,
Contendo seios duros do frio.

-Então falo através de cidades, calado,
E grito, mudo, ao vento que nunca me ouviu,
Clamando um nome num eco rasgado,
Que nunca chegou nem nunca partiu.

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