Sou de natureza inconstante,
Um tanto devaneador,
Tinjo-me de um pólen queimante
Pérfido a este campo sem fulgor.
Eu? Não pertenço a este mundo rutilante
De sábios e saberes imbuídos de furor!
Não, não possuo a inquietante
Ânsia voraz de saber seja o que for...
Eu sou o escárnio e o molesto,
O alumiado e o infesto,
Sou a chama que arde insignificante...
E ardo nos braços desta chama em que me resto,
Exibo-me ágil e célere num protesto,
Contra mim, sou de natureza inconstante!
[Quem me dera estar bêbado]
Há 10 anos
1 comentário:
uma escrita fria que aquece,
uma identidade desconhecida,
por "Miguel Cintra" se conhece,
este poeta da vida.
continuação de bom trabalho
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