segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Etna

Viver é dar a mão
Atónica à morte ínvia.
Se assim não fosse, então
De que maneira seria

Ver voar em vão,
Numa efémera hemorragia,
A mágoa da razão
E a razão da luz do dia?

Viver é estar casado com o fado,
E eu vivo dúbio e danado
Por poder ter uma vontade!

E também eu me lançar
Nessa desmedida cratera, e clamar
No alto a minha singularidade.

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