Viver é dar a mão
Atónica à morte ínvia.
Se assim não fosse, então
De que maneira seria
Ver voar em vão,
Numa efémera hemorragia,
A mágoa da razão
E a razão da luz do dia?
Viver é estar casado com o fado,
E eu vivo dúbio e danado
Por poder ter uma vontade!
E também eu me lançar
Nessa desmedida cratera, e clamar
No alto a minha singularidade.
[Quem me dera estar bêbado]
Há 10 anos
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