Quando acordar,
Vou acordar o mundo também,
Despedir-me de todos os pedaços de algo escritos.
E pela vez primeira,
Não dialogar somente comigo próprio,
Como um doido extasiado
Pelo regaço hermético da saudade,
Mas extasiado por uma cumplicidade sublimada pela companhia de outro.
E exortam-se as águas do mar...
E exortam-se os calores de chamas,
E candíssimos suores
Evitam enleios...
Não sei quem sou,
Mas assim me chamas
De amigo...
Sou ninguém
Ou não sei quem sou,
Sou apenas
Amigo de alguém.
Sei que somente vivo,
E vou carregando a punia,
Assim como carregas a minha,
Tu, alguém...
E corro plácido neste viver
Que passa, mas fica suspenso no tempo,
E nesse confim, confio
A minha eternidade.
[Quem me dera estar bêbado]
Há 10 anos
1 comentário:
Eu sinto que lhe devia dizer que gostaria imenso de conseguir escrever como você o faz. Os seus versos são absolutamente brilhantes.
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